29.9.06 

Outro texto 40: Tudo o que ficou por dizer

Tudo o que ficou por dizer
porque de repente
era a hora do combóio
ou um telefone longínquo tocava
ou um qualquer acidente aconteceu.

Tudo o que ficou por dizer
porque o pudor calou a voz
porque um orgulho surdo a interrompeu
porque as palavras talvez já nem chegassem
ou era tarde
e o cansaço aos poucos foi levando a melhor.

Tudo o que ficou por dizer
porque a dor doía em demasia
e era necessário que as palavras
fossem capazes de ser claras como o ar
porque as palavras traem
como gumes de facas que nos cortam.

Tudo o que ficou por dizer
porque a tristeza apertou tanto a garganta
que nenhum som saía
nem o olhar continha
em desespero
uma lágrima ainda assim contida.

Tudo o que ficou por dizer
porque o tempo urgente
se esvaía
e de repente já não estava
no lugar a quem havia que o dizer
quem ainda há pouco nos ouvia.

Tudo o que ficou por dizer
e tudo
o que ficou por dizer
ou tudo
sempre
por dizer.


Bernardo Pinto de Almeida

28.9.06 

Qualquer coisa 41: Come Back

If I keep holding out,... will the light shine through?
Under this broken roof,... it's only rain that I feel
I've been waiting out the days,... Come Back.
I have been planning out,... All that I'd say to you
Since you slipped away,... Know that I still remain true
I've been wishing out the days,..
Please say, that if you hadn't of gone now
I wouldn't have lost you another way
From wherever you are,.... Come Back.

And these days, they linger on
And I'm the night, as I'm waiting on

The real possibility I may meet you in my dream
I go to sleep

If I don't fall apart,.... will the memories stay clear
So you had to go,......... and I had to remain here
But the strangest thing to date
So far away
And yet you feel so close
And I'm not gonna question it any other way
There must be an open door
For you to
Come Back

And the days, they linger on
And every night, what I'm waiting for
Is the real possibility I may meet you in my dream
And sometimes you're there
And you're talking back to me
Come the morning I could swear you're next to me
And it's okay.

It's okay.
It's okay.
I'll be here
Come Back
Come Back
I'll be here
Come Back
Come Back
I'll be here
Come Back
Come Back

Eddie Vedder

(talvez. talvez seja isto!)

27.9.06 

Qualquer coisa 40: (like music (to your ears))

“We should not stop to reflect, compare, analyze, possess, but flow on and through, endlessly, like music.”

Henry Miller

 

Qualquer coisa 39: Porch Lightning

Joel Meyerowitz

Porch Lightning, Provincetown, 1977/1985

25.9.06 

o meu tempo 40: making moves on each other (#11)

the way I feel it slipping all over me
Smoke City

o começo do poema seria feito na palavra escorregar
(aconteceria assim e fugiria para um lugar-outro onde o toque é improvável)
não fosse o som em que ela acontece
funcionaria na perfeição
(tanto quanto a minha condição permite)
ou aconteceria em fluir
em toda a amplitude do seu significado dentro e fora de mim
(algumas decisões são demasiado decisivas)
abandono-me a um depois
de onde penso querer fazer um movimento
que talvez entendas como político.
the art of spin and misdirection.

 

Qualquer coisa 38: Candy Cigarette


Sally Mann

Candy Cigarette, 1989

(for all those cigarettes and for that smile in your face. it's there even when you don't show it)

24.9.06 

Qualquer coisa 37: On Readind, New York


André Kertész

On Reading, New York, July 30, 1969

(Henri Cartier-Bresson once stated on behalf of himself, Robert Capa, and Brassaï, “Whatever we have done, Kertész did first.”)

22.9.06 

Outro texto 39: A Vida

A vida, as suas perdas e os seus ganhos, a sua
mais que perfeita imprecisão, os dias que contam
quando não se espera, o atraso na preocupação
dos teus olhos, e as nuvens que caíram
mais depressa, nessa tarde, o círculo das relações
a abrir-se para dentro e para fora
dos sentidos que nada têm a ver com círculos,
quadrados, rectângulos, nas linhas
rectas e paralelas que se cruzam com as
linhas da mão;

a vida que traz consigo as emoções e os acasos,
a luz inexorável das profecias que nunca se realizaram
e dos encontros que sempre se soube que
se iriam dar, mesmo que nunca se soubesse com
quem e onde, nem quando; essa vida que leva consigo
o rosto sonhado numa hesitação de madrugada,
sob a luz indecisa que apenas mostra
as paredes nuas, de manchas húmidas
no gesso da memória;

a vida feita dos seus
corpos obscuros e das suas palavras
próximas.

Nuno Júdice

20.9.06 

Qualquer coisa 36: Dead Man



Sailing on my every step. Inching off of the earth.
Is magnified by the things I've done.
The thing that I've become.
Every lift of my hand. Coffee cup and back.
Is magnified by the things I've done. The things I've seen. The things I've caused.
I'm a dead man walking.
The hammer that I once brung down now hovers over me.
Cast a shadow... across, onto me.
The hallways are all mocking me.
What I've become they're all mocking me.
I'm a dead man walking. A dead man walking. A dead man walking.
I'm a dead man walking. Dead man walking. Dead man walking.

Eddie Vedder

18.9.06 

o meu tempo 39: making moves on each other (#6)

And I can’t decide, ‘cause I might find that
stroll behind is better than to score
dEUS

estão numa mesa de café
amantes inconclusos
em castelhano por necessidade semântica
neste caso é uma questão de língua e não de boca
não é a primeira vez que os olho
ouço-os falar despreocupadamente
(sonhei com eles a noite passada. beijavam-se)
sinto-lhes a paixão própria dos inquietos
acompanho-lhes os movimentos como se os tocasse sem que percebam
tenho uma maneira estranha de andar mais ou menos circular
mais ou menos estranha
(penso eu)
sentam-se frente a frente e esperam
gostam de esperar
ele mostra-lhe palavras e o vento
ela oferece-lhe a luz e o café
eles não sabem ainda mas/que estão de mãos dadas e já se beijaram antes
(hesito por vezes entre palavras)
eles esperam por mim
um narrador que conte a sua história
inconclusos

16.9.06 

Outro texto 38: Segredo

Esta noite morri muitas vezes, à espera
de um sonho que viesse de repente
e às escuras dançasse com a minha alma
enquanto fosses tu a conduzir
o seu ritmo assombrado nas trevas do corpo,
toda a espiral das horas que se erguessem
no poço dos sentidos. Quem és tu,
promessa imaginária que me ensina
a decifrar as intenções do vento,
a música da chuva nas janelas
sob o frio de fevereiro? O amor
ofereceu-me o teu rosto absoluto,
projectou os teus olhos no meu céu
e segreda-me agora uma palavra:
o teu nome - essa última fala da última
estrela quase a morrer
pouco a pouco embebida no meu próprio sangue
e o meu sangue à procura do teu coração.

Fernando Pinto do Amaral

em Às Cegas (1997)

15.9.06 

Outro texto 37: O meu projecto de morrer é o meu ofício

O meu projecto de morrer é o meu ofício
Esperar é um modo de chegares
Um modo de te amar dentro do tempo

Daniel Faria

em Explicação das Árvores e de Outros Animais (1998)

13.9.06 

o meu Tempo 38: Coffee and Cigarretts

Entrava no café onde passava uma parte dos meus sonhos
Caminha rápido sem forçar o chão contra si
Sentou-se.
Em mim sobra apenas um espaço onde não distingo passado presente futuro
Sobra um espaço onde quero estar

Tirei o isqueiro do bolso
Pousei o em cima da mesa do café e esperei
Olhei em volta à procura na esperança de a encontrar atrás do balcão
Parei o momento e forcei-me a respirar fundo quando ela entrou
Dirigiu-se a mim e pediu-me lume
Em cima da mesa lá estava à espera, ergui a mão e acendi-lhe o cigarro
Olhei-a e senti o corpo apertar
Virou-me costas e sentou-se na mesa ao lado.

E nesse momento o meu corpo não chegava
Quero-te
E não era um pensamento era uma força
Fumo mais um cigarro e desvio o olhar dela
Tento e desisto de tentar
Pego na mão dela e arrasto-a para mim

Era nítido no seu olhar que não me queria
Mas mesmo assim tentei e não desisti enquanto não lhe retirei o sabor amargo dos lábios
Beijei-lhe a mão que arrefeceu com o meu toque
Ofereci-lhe um instante para que o seu olhar a traísse
E dei-lhe a conhecer o desespero.

Já não queria esperar
Queria agora já neste momento e aqui
Não existia tempo e era isso que lhe dizia ao ouvido
Amanhã não existe agora quero-te!
Ele respirava de e para os seus cabelos depois no seu ouvido depois mais perto mais perto...
E nesse momento não pensava e não queria pensar.

Olhei o relógio pregado na parede daquele café
Eram 23horas, estava atrasado, tinha alguém à minha espera
Ela vacilou e olhou em redor para me dizer baixinho
Sou tua
Quero-te aqui e agora num espaço onde possa encaminhar a minha loucura
Baixinho mais uma vez....
Sou tua...

Eu sei
Disse sem pensar como sempre deve ser
Abracei-te contra mim sentia o teu corpo
O meu corpo
A tua boca
O tempo tinha parado
Não havia café nem pessoas e o fumo à nossa volta servia-nos de barreira imaginária
Linha do equador
Quero sair daqui contigo
Eu sei disseste ainda mais baixo
Leva-me

As portas fecharam-se
Chovia lá fora,
Percorremos as ruas a correr até chegarmos a tua casa
Entrei atrás de ti e olhei-te a cintura, os braços longos cruzando-se no peito molhado
Rodaste a chave e encostei-te a um canto beijando-te sofregamente
Senti-te o coração e reuni todas as minhas forças para te tocar no rosto
Eras feita de pedaços de mim.

E ao mesmo tempo tudo o que me faltava
A minha mão no teu rosto devagar os teus olhos curiosos a curva perfeita do teu nariz a minha mão mais devagar os teus lábios...
E beijo-te de novo porque não tenho voz
Não preciso de voz
Só tu importas agora e eu sei que percebes pelo teu olhar
Estávamos à porta da tua casa quando te beijei o pescoço e as mãos e todo o espaço que separa a tua voz da tua voz

Levei-te nos meus braços e deitei-te no meu peito
Suavemente disseste-me:
Diz-me o teu nome...
Não respondi, não quis e olhei-a
Beijei-a, trouxe-a de volta a mim e o seu doce perfume espalhou-se pelo ar
Reparei de novo nas horas, tinha alguém à minha espera
Arrumei o corpo, deixei-te sozinha sem nome
E corri até ao café onde um isqueiro me esperava para acender mais um cigarro.


Sara Almeida com M. Tiago Paixão


(um texto onde me deixaste entrar... obrigado por isso*)

(para ver: As Time Goes By - http://fragilewind.blogspot.com
)

11.9.06 

Outro texto 36: (Trópico de Capricórnio)

"O dia foi passando assim, com muitos comes e bebes, sol quente, carro para nos passear, charutos nos intervalos, umas sonecazitas na praia, ver passar as gajas, conversar, rir, cantar um bocadinho, também... enfim, foi um dos muitos, muitos dias semelhantes que passei com o MacGregor. Dias assim pareciam fazer realmente a roda parar. Superficialmente, eram agradáveis, alegres, com o tempo a passar como um sonho doce. Mas, no fundo, havia neles algo de fatalista, de premonitório, faziam com que no dia seguinte andasse melancólico e desassossegado. Sabia muito bem que, um dia, teria de acabar com aquilo tudo, sabia muito bem que estava a desperdiçar o meu tempo. Mas também sabia que não podia fazer nada - por enquanto. Primeiro teria de acontecer qualquer coisa grande, algo que me deixasse fora de mim. Só precisava de um empurrão, mas tinha a certeza de que esse empurrão, o empurrão certo, só me poderia ser dado por uma força exterior ao meu mundo. Não podia sofrer, atormentar-me, porque isso não estava na minha maneira de ser. Toda a minha vida as coisas têm acabado por correr bem - no fim. Não estava previsto que me esforçasse. Tem de se deixar algo ao cuidado da Providência - no meu caso, esse algo era muito, era praticamente tudo. Apesar de todas as manifestações externas de pouca sorte ou de má orientação, sabia que nascera, como se costuma dizer, em berço de ouro. E com uma coroa dupla. A situação externa era má, admito: mas o que me preocupava mais era a situação interna. Tinha deveras medo de mim próprio, do meu apetite, da minha curiosidade, da minha flexibilidade, da minha permeabilidade, da minha maleabilidade, da minha jovialidade e da minha capacidade de adaptação."
(Henry Miller)

9.9.06 

Outro texto 35: Nesta última tarde em que respiro

Nesta última tarde em que respiro
A justa luz que nasce das palavras
E no largo horizonte se dissipa
Quantos segredos únicos, precisos,
E que altiva promessa fica ardendo
Na ausência interminável do teu rosto.
Pois não posso dizer sequer que te amei nunca
Senão em cada gesto e pensamento
E dentro destes vagos vãos poemas;
E já todos me ensinam em linguagem simples
Que somos mera fábula, obscuramente
Inventada na rima de um qualquer
Cantor sem voz batendo no teclado;
Desta falta de tempo, sorte, e jeito,
Se faz noutro futuro o nosso encontro.

António Franco Alexandre

(Uma Fábula, Assírio & Alvim)

5.9.06 

o meu Tempo 37: making moves on each other (#1)

"Hey Joe, where you gonna run to now"
Jimi Hendrix

és o Tejo e imagino-te sem que nenhuma ponte me faça querer mudar de lugar
todos os movimentos acontecem sem que um cálculo matemático os faça resultar
aparentemente
não é o modo como te moves é o próprio movimento em si que és tu
e a confusão que geras em mim e que admito apenas
em silêncio
tudo o que faço é não saber o que fazer
um soldado de fronteira descalço rendido
desarmado

2.9.06 

o meu Tempo 36: L de Pecado

Fotografei o teu rosto e persigo o teu cheiro por entre essas vidas que passam
Piso o chão de pedra que construiste para nós
E na tentativa forçada de te escrever estas palavras pinto as mãos com a tinta da caneta
Esperas-me agora numa qualquer esquina em Lisboa

há uma reposta que quer o teu sabor
que o conhece de outras vidas
que o reconhece
numa cidade inventada por nós e por alguém e por uma fotografia incandescente que invade a memória
que não é memória porque é um relatório presente
que se escreve a todo o instante e se inscreve em mim ou em ti

Queimas-me o coração e invades-me o espaço que só a mim me pertence
Encontro-te o olhar
nessa esquina que nos pertence
Acendes um cigarro e no meio do fumo que se enche no teu peito cansado
procuras um instante, um momento, um conforto
Digo-te: "não me procures mais..."

olho para o lado para um homem que passa que sorri que se aproxima
toca no meu ombro e diz que não devo preocupar-me que aquela afirmação não o é de facto que escutava a conversa por acaso que não me preocupe
agradeço dou-lhe um cigarro e procuro-te de novo
olho-te
olho-te de novo
entendo todos os teus pensamentos e sinto um aperto que não consigo localizar
prefiro assim

Ofereceste-me um sorriso e por entre esse sorriso vejo-te a alma
Tiro-te o poder e dou-te o silêncio
Estendes-me a mão e tocas-me no rosto
Baixo os olhos não permitindo a tua entrada
E mais uma vez, nesse momento em que o sino da igreja toca ao fundo, quebras a minha frieza e ergues o meu olhar

devagar como sempre deve ser
toco o teu rosto
tremo um pouco ao passar nos nos teus lábios
consigo um sorriso
e digo-te ao ouvido que não deves preocupar-te
não agora
fecha os olhos

Sequei os lábios ao ver-te tremer
Apertei o coraçao ao senti-lo disparar com a força com que me tocavas
Sussuras-me palavras silenciosas, por entre os gritos que me atormentam
Fecho os olhos e sinto-te vigiar-me

sinto-te
sinto-te de novo
ouço tudo o que está dentro de ti
pego na tua mão
abro-a
beijo-te
espero que abras os olhos em silêncio

Não abri o meu olhar enquanto me tocavas
Fiz de conta que não entendia
Trouxeste de volta esse cheiro a pecado
Queria dizer-te mais uma vez: "Não te quero..."
E porquê esse tão angustiado desejo?
Virei-te as costas na esperança que me deixasses fugir
Agarras-me o braço
Abres-me os olhos
E contemplas o teu mundo através de um simples corpo

Agora, escrevo-te em verso e mancho estas páginas enquanto ainda me esperas naquela esquina onde o tempo parou.


Sara Alves Almeida com M. Tiago Paixão


(obrigado*)

(para ver: As Time Goes By - http://fragilewind.blogspot.com)

1.9.06 

Qualquer coisa 35: (poesia)

"Se às vezes, se em certos casos, a poesia imita a vida e a vida imita a poesia, então talvez cada verso seja uma linha da cabeça, uma linha do coração, uma linha da vida. E então, sonâmbula e feroz, a mão que escreve talvez não faça mais do que construir, palavra sobre palavra, a casa de um homem, a sua história. E a sua voz obscura passará sobre a terra, sobre os anos, completando a obra."

José Agostinho Baptista

M. Tiago Paixão


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